Opinião. A pequena Joaninha na imensidão de uma "Metrópole Bela"

Prefeita é fotografada nos bastidores

do show da cantora Roberta Sá, no Aterrinho da Praia de Iracema.

Foto: Rafael Cavalcante

Neste de Carnaval, depois das férias, a prefeita Luzianne Lins reapareceu fantasiada de joaninha. De acordo com o Portal Uol Educação,as joaninhas são insetos pequenos e coloridos, muito admirados por sua beleza e, em muitas culturas, símbolos de boa sorte e fartura. Para os biólogos,esse inseto é um predador voraz. A sua coloração vibrante pode atuar como uma forma de aviso ao predador sobre a sua impalatabilidade, ou seja, seu gosto ruim, ou sobre a sua toxicidade, evitando que o predador a ataque. Deixando as características científicas de lado, ao que parece a prefeita Luizianne Lins não se vestiu assim em vão. Se vestiu assim para desviar a atenção de quem a ataca. Ou mesmo, para entrar no clima do Carnaval. Bela ou não, a Cidade dirigida por ela sofre de problemas de planejamento. A própria reconheceu a falta de um órgão nesse sentido. Resultado: obras inacabadas, ou em andamento, como queiram, buracos e lixo espalhados pela rua. Existem aqueles que culpam a Cagece, no caso da buraqueira, e a própria população por jogar lixo na rua. Mas a sensação é que Fortaleza não é mais tão pequena e bela como uma joaninha. Inchou e muito. São mais pessoas morando, mais carros circulando e casas e prédios sendo erguidos. Assim como as joaninhas, que utilizam as anteninhas para se localizar e procurar alimentos, a prefeita precisa procurar um norte a fim de se planejar melhor o desenvolvimento, até o momento, desordenado na Cidade. Sugestões à parte, o Carnaval promovido pela Prefeitura foi belo. O investimento se fez necessário como política pública. A festa não precisa se igualar aos grandes destinos da folia, como Salvador, Recife e Rio. Começou pequeno, mas está grandioso pelas atrações de qualidade que oferece e pelos turistas que atraí. Ainda segundo os biólogo, para se defender, a joaninha se deita de barriga para cima a fim de que não apareça a sua cor vibrante. No caso da prefeita, de nada adianta se esconder da população, como fez no Carnaval, entrando discretamente no acesso atrás do palco no Aterrinho da Praia de Iracema. Deveria ter feito como o cantor Martinho da Vila. Entrou pela entrada da imprensa e das pessoas com deficiência, cumpimentando todo o público. Diferente do cantor,se quiser retomar sua popularidade, tem que enfrentar os "predadores" de frente.