Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
" O chorinho deu o tom da noite de segunda-feira de Carnaval no Festival Jazz & Blues, com um representante do primeiro time de compositores do gênero musical essencialmente brasileiro. Zé Menezes, na juventude de seus 89 anos, mostrou por que segue compondo e gravando, cuidando do registro de sua obra, um patrimônio da música nacional, compartilhado com o público de Guaramiranga.
Se novas gerações de ouvintes seguem admirando as obras dos históricos compositores do choro, quem assistiu à apresentação de Zé Menezes, ladeado com simplicidade e competência pelo teclado de Marcelo Caldas e por Daniela Spilman no sax e na flauta, não teve dúvidas de estar diante de um criador igualmente genial. Tirando os frevos da abertura e do encerramento (pérolas melódicas como “Terra quente” e “Frevo pra Dani”, homenagem à colega de palco), foram contados 13 choros, em demonstrações da riqueza de caminhos e possibilidades do gênero imortalizado por Pixinguinha, Jacob, Nazareth. E, por que não, por Zé Menezes, cearense de Jardim, que adotou o Rio de Janeiro como palco para sua música.
A elegância de Zé Menezes, sempre se revezando entre o bandolim e o violão tenor, arrancou aplausos de pé, em muitos momentos. “O violão tenor é um instrumento praticamente em extinção. Tenho este desde 1935 e tenho mais ciúme dele que da mulher e das minhas filhas”, contou, depois de mandar o “Seresteiro”.
Das recordações da convivência com Radamés Gnatalli veio “Todo azul”, aplaudida como “Gafieirando” e, principalmente, o balanço irresistível de “Gafieira carioca”. Quebrando a sequência de choros, a beleza da valsa “Pensando em ti”, composição de 1939. “Eu já tocava nas rádios do Ceará naquele tempo”, testemunhou. Pena que hoje, salvo exceções, nem tanto, acrescentamos.
Sem deixar de mostrar seus maiores sucessos – “Nova ilusão” e “Comigo é assim”, com mais de 30 regravações cada, e o famoso tema dos Trapalhões -, Zé Menezes contagiou ouvintes e colegas músicos, com mais temas de melodia e fluência impressionantes, como “Tô querendo”, “Gosto de você” e o magistral “Contrapontando”. Zé Menezes segue escrevendo sua história de louvável contribuição à música. E já marcou novo encontro com o público cearense: “Quero voltar quando completar 100 anos. E quero vocês aqui”. "
Por Dalwton Moura, jornalista e crítico musical
Se novas gerações de ouvintes seguem admirando as obras dos históricos compositores do choro, quem assistiu à apresentação de Zé Menezes, ladeado com simplicidade e competência pelo teclado de Marcelo Caldas e por Daniela Spilman no sax e na flauta, não teve dúvidas de estar diante de um criador igualmente genial. Tirando os frevos da abertura e do encerramento (pérolas melódicas como “Terra quente” e “Frevo pra Dani”, homenagem à colega de palco), foram contados 13 choros, em demonstrações da riqueza de caminhos e possibilidades do gênero imortalizado por Pixinguinha, Jacob, Nazareth. E, por que não, por Zé Menezes, cearense de Jardim, que adotou o Rio de Janeiro como palco para sua música.
A elegância de Zé Menezes, sempre se revezando entre o bandolim e o violão tenor, arrancou aplausos de pé, em muitos momentos. “O violão tenor é um instrumento praticamente em extinção. Tenho este desde 1935 e tenho mais ciúme dele que da mulher e das minhas filhas”, contou, depois de mandar o “Seresteiro”.
Das recordações da convivência com Radamés Gnatalli veio “Todo azul”, aplaudida como “Gafieirando” e, principalmente, o balanço irresistível de “Gafieira carioca”. Quebrando a sequência de choros, a beleza da valsa “Pensando em ti”, composição de 1939. “Eu já tocava nas rádios do Ceará naquele tempo”, testemunhou. Pena que hoje, salvo exceções, nem tanto, acrescentamos.
Sem deixar de mostrar seus maiores sucessos – “Nova ilusão” e “Comigo é assim”, com mais de 30 regravações cada, e o famoso tema dos Trapalhões -, Zé Menezes contagiou ouvintes e colegas músicos, com mais temas de melodia e fluência impressionantes, como “Tô querendo”, “Gosto de você” e o magistral “Contrapontando”. Zé Menezes segue escrevendo sua história de louvável contribuição à música. E já marcou novo encontro com o público cearense: “Quero voltar quando completar 100 anos. E quero vocês aqui”. "
Por Dalwton Moura, jornalista e crítico musical
Fonte: Site do Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga
Comentários
Postar um comentário
Expresse aqui a sua opinião sobre essa notícia.