Créditos: Mateus Lotif/FEC Fora de casa, o Fortaleza entrou em campo neste domingo (6) pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro Série A. Em um confronto inédito diante do Mirassol/SP, o Laion empatou em 1 a 1 no estádio Campos Maia. A equipe cearense saiu na frente com Martinez no primeiro tempo e levou o empate nos acréscimos da etapa complementar, e acumula quatro pontos na classificação. Neste meio de semana, o Fortaleza terá um confronto pela Fase de Grupos da Copa Libertadores. Diante do Colo-Colo/CHI, a bola rola às 21h desta quinta-feira (10).
Mais
de 80 mil vestígios arqueológicos e paleontológicos foram encontrados
durante a execução das obras do Projeto de Integração do Rio São
Francisco. O trabalho faz parte do Programa de Identificação
e Salvamento de Bens Arqueológicos do empreendimento e é conduzido pelo
Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do
Semiárido (Inapas).
O Ministério da Integração
Nacional (MI) investiu cerca de R$ 80 milhões nesse programa, que
integra as condicionantes ambientais estabelecidas dentro do Projeto de
Integração do Rio São Francisco. Além do salvamento, a
atividade tem o objetivo de assegurar o registro do patrimônio cultural
arqueológico evidenciado durante a implantação da obra.
A descoberta mais emblemática até
agora foram os ossos de uma preguiça gigante (Eremotherium sp.)
associados a vestígios da cultura material do homem pré-histórico.
Segundo o Inapas, esse animal tinha cerca de seis metros
de altura e viveu no Brasil há quase 12 mil anos. O fóssil foi
encontrado no sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima, no município de
Salgueiro (PE), um dos mais profícuos da região. O trabalho no local tem
fornecido informações relevantes sobre o paleoclima
e a convivência entre o homem pré-histórico e animais da chamada
megafauna, hoje extintos.
Tais animais, como a preguiça
gigante, precisavam de uma paisagem diferente da atual para sobreviver, e
registros obtidos no mesmo sítio mostram um passado bastante diferente
do presente: há 30 mil anos, a região era muito
mais úmida e a vegetação, abundante. Nessa época, a alimentação era
farta para os animais. Além da preguiça-gigante, também havia
tigres-dentes-de-sabre e tatu gigante, parecido com os tatus de hoje em
dia, porém muito maiores.
Os estudos realizados neste sítio
pernambucano demonstraram que, mesmo durante o período úmido, a região
vivenciou momentos de estiagem prolongada há 10 mil anos. Artigos sobre
os achados são publicados pelos pesquisadores
na revista Fumdhamentos, disponível no site da Fundação Museu do Homem
Americano (Fumdham)
www.fumdham.org.br.
Pesquisa arqueológica
Os trabalhos em campo são
realizados em conjunto com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a
Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade Regional do Cariri, que
constituem o Inapas. Todos os vestígios são guardados na
sede da Fumdham, em São Raimundo Nonato (PI), onde são distribuídos em
laboratórios específicos de acordo com a sua natureza. Lá eles são
fotografados, inventariados, classificados e inseridos em um banco de
dados. A legislação brasileira institui a identificação
e o salvamento arqueológico durante a implantação de projetos de grande
porte no território nacional.
Foto: Inapas/ Fumdham
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